outras tantas madrugadas

quarta-feira, março 08, 2006

ao fim do dia

Gosto de casas novas em prédios antigos. Gosto das portas que têm esses prédios. Portas que ao fim do dia se desligam da rua: sem campainha ou intercomunicador que possam intrometer-se no aconchego de quem lá mora; discretamente fechadas, para não deixar escapar o calor dos sorrisos e das canecas de chá e para que seja preciso descer em pijama dois lanços de escada, lembrando a quem entra que, afinal, estão sempre abertas.