ao fim do dia
Gosto de casas novas em prédios antigos. Gosto das portas que têm esses prédios. Portas que ao fim do dia se desligam da rua: sem campainha ou intercomunicador que possam intrometer-se no aconchego de quem lá mora; discretamente fechadas, para não deixar escapar o calor dos sorrisos e das canecas de chá e para que seja preciso descer em pijama dois lanços de escada, lembrando a quem entra que, afinal, estão sempre abertas.
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