outras tantas madrugadas

quinta-feira, janeiro 31, 2008

celebrar

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A net que chegou hoje e que agora pago do meu bolso. Os mails que se cruzaram durante a minha ciberausência e que me farão abrir esta porta antes mesmo de acabar de dizer "já cá estou dentro!" (o que não é difícil, quando se demora mais de 500 dias para articular uma frase tão pequena...). Esta madrugada e o desejo de outras tantas em que apeteça escrever.
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A inundação de ontem, tão real como metafórica, a lembrar que estou em MINHA casa, para o bem e para o mal. E que, tal como na minha vida, haverá tempo para brindar ao que é bom - com bom vinho e boa companhia - e para resolver o que é mau, se possível, sozinha (e já agora, também se possível, sem vinho...).
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Os passos dados hoje, mais do que os 500kms percorridos, que talvez sejam os primeiros do regresso a uma casa que também já foi AMInha. A certeza de que há algumas coisas que faço bem e que fazem bem a outros.
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A consciência de que há muitas coisas que faço mal e que fazem mal a outros. A justiça de ter levado um chuto no rabo quando merecia. As dores do corpo e da alma (do treino de há pouco, das limpezas de ontem, da noite mal dormida, do chuto no rabo, do remorso...) a garantir-me que estou viva e que, por mais que às vezes seja "muito brutinha, com a graça de Deus", o coração ainda não é cego, nem surdo, nem mudo... nem me parece que seja feito numa daquelas cuvetes de silicone que se vendem no IKEA.