quarta-feira, dezembro 28, 2005
A minha mãe, estando enfiada na cama com gripe e não querendo berrar por mim (que estou no quarto ao lado) quando precisa de alguma coisa... DÁ-ME TOQUES PARA O TELEMÓVEL!
domingo, dezembro 25, 2005
natal #29
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"Presépio é qualquer berço
Onde a nudez do mundo tem calor
E o amor
Recomeça"
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Nunca a beleza se negou tanto.
Nunca o amor fez tanta falta.
Nunca o presépio foi tão longínquo.
Nunca o Natal foi tão desabrigado.
terça-feira, dezembro 20, 2005
En el cumpleaños de tu paisanito...
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... celebro todavía el tuyo, amiga (aunque con dos dias de retraso...)!
Que lo paseis juntitos y... con música!
Besos a los dos!
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sexta-feira, dezembro 16, 2005
pré-arrependimento
Talvez esta noite desse para escrever tudo. Mas estou exausta. E há em mim uma réstia de pessoa responsável que me diz para não fazer essa loucura e ir dormir. Dou-lhe ouvidos porque é ela que vai trabalhar amanhã e eu respeito muito quem trabalha. Deus queira que esteja certa. Deus queira que eu não me esqueça, que o turbilhão não se acalme e que amanhã não seja tarde. Desconfio que nem tudo se pode (escre)ver à luz do dia...
quinta-feira, dezembro 15, 2005
ctrl+alt+delete
sinto-me a bloquear
não sei se preciso de mais memória ou de formatar o disco
e estou quase, quase sem bateria...
não sei se preciso de mais memória ou de formatar o disco
e estou quase, quase sem bateria...
terça-feira, dezembro 13, 2005
segunda-feira, dezembro 12, 2005
o meu ursinho já não me compreende
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Finalmente: o peluche-compincha que sabe exactamente como te sentes!!

Finalmente: o peluche-compincha que sabe exactamente como te sentes!!
domingo, dezembro 11, 2005
até para sonhar
Não basta que apeteça. Não basta que pareça ser já tempo. Nem sequer basta que seja.
Só serei livre quando o teu cheiro saír da minha pele. Só quando puderes libertar-me com o mesmo abraço que ainda nos prende.
Fico à espera.
sexta-feira, dezembro 09, 2005
e se por um acaso...
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E se, desta vez, eu me virar para trás?
Será que ainda lá estás,
depois de tantos caminhos que fizeste?
E se foi só o tempo (tanto) que nos deste
para crescer sem pressa e perceber
que o futuro é o presente que queiramos oferecer-nos?
E se, afinal, não foi nada o que perdemos?
E se guardámos para nós a melhor parte?
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(may be continued...)
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quarta-feira, dezembro 07, 2005
a muitas mãos
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Esse fora, na verdade, o primeiro dia da memória. Recordava-o sempre com a mesma comovida estranheza, sempre a mesma sensação de ter assistido ao próprio parto.
Rodou o puxador metalizado da porta a 180 graus e fechou-a devagarinho atrás de si, invertendo o sentido do puxador e do futuro. Caminhou estrada fora durante uns minutos, sempre a olhar para A janela, mas quando chegou ao final da rua foi como se lhe tivessem partido um serviço de loiça na boca do estômago. Começou a correr e só parou quando já não conseguia aguentar a dor de burro. “Já está, consegui”, disse o cérebro ao corpo, enquanto os olhos se fixavam na sua triste figura reflectida nos painéis publicitários das paragens de autocarro.
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Podia ter acontecido ontem ou cinco anos atrás. Sentia agora que, se calhar, tinha sido preciso passar aquele tempo todo: exactamente seis anos, dois meses e catorze dias.
Enquanto recuperava o fôlego da corrida (afinal, porque lhe faltava o ar, logo a ele, que estava habituado a abusar do corpo, a levá-lo tantas vezes ao limite onde a taquicardia definitivamente acaba?), cruzou-se com a memória desse dia.
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Trazias uma t-shirt branca não muito justa, o cabelo solto e um sorriso que me desarmou ao primeiro olhar. Pediste-me que tirasse a camisa e me deitasse num tom de voz tão baixo que me foi difícil perceber o que dizias. Obedeci-te prontamente, expectante. Observei todos os teus gestos: o acender do incenso, o correr da persiana, o gesto profissional com que aquecias sempre as mãos uma na outra.
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Quando, recomposto do esforço, se viu de novo reflectido sobre um qualquer anúncio de comida para cão, achou que o corpo não lhe assentava bem. Sentiu-o demasiado velho e vários números acima da memória franzina que trazia consigo. E só então se deu conta das palavras que o acompanhavam desde o primeiro minuto. Eram a legenda do poster desbotado ao lado d'A janela. Lera-as apenas uma vez, naquele dia. Mas foi como se o seu cérebro as tivesse sugado para dentro de si devido a uma inexplicável ausência de pressão: "O ponto VG11 (Shendao) situa-se no dorso, entre os processos espinhosos da 5a e 6a vértebras torácicas. A agulha atravessa a pele, o tecido celular subcutâneo e os ligamentos supra-espinhal e interespinhal e atinge o ligamento amarelo; relaciona-se superficialmente com os ramos cutâneos do ramo dorsal do 5º nervo torácico e, profundamente, com o ramo dorsal do 5º nervo torácico. A estimulação deste ponto está indicada em situações de ansiedade, tristeza, perturbação mental, amnésia..."
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(quero-te bem empenhada nesta história, pode ser?...)