outras tantas madrugadas

sexta-feira, janeiro 27, 2006

eu por inteiro

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- sozinha serei sempre menos do que a metade de dois -

quinta-feira, janeiro 26, 2006

muito melhor do que votar

Nos últimos 5 dias consegui cumprir dois deveres cívicos.
A utilidade do primeiro é (ou foi, no caso concreto) questionável.
A do segundo não.
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E o meu slogan para hoje é:
"Se votar já não te dá pica, experimenta esta..."
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quarta-feira, janeiro 25, 2006

buááááá...

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I want our WEDNESDAY'S LUNCH back!...

terça-feira, janeiro 24, 2006

TC

Infelizmente, é sempre nas coisas mais importantes que fazemos que é maior o risco de, um dia, não podermos fazer mais nada.
Hoje nem foi preciso abrir o envelope que trazias na mão.
Apeteceu-me dizer-te que está tudo bem. Tão bem que nem precisas de usar mais o aparelho-que-ajuda-a-bochecha-a-crescer, nem de lavar os dentes depois de comer Chocapic... Mas limitei-me a piscar-te o olho enquanto te virava a pala do boné como habitualmente, desta vez só para te ver sorrir. Mais do que a crueldade do destino, doeu-me a sua falta de pudor ao revelar-se, até na caneta irritante que falhou quando quis escrever o teu nome na agenda para daqui a um mês.
Despedi-me de coração apertado, tentando não despir o sorriso que guardo para ti há mais de um ano e meio. Quando te acompanhei à sala de espera, nos olhos da tua mãe já tinhas partido.

segunda-feira, janeiro 23, 2006

amor e caldos de galinha

Às vezes gostava que fosses uma "mãe-de-aldeia", conhecedora dos pequenos milagres da vida, como o florir das árvores de fruto ou o levedar do pão. Gostava de te encontrar à lareira, tranquila e de pazes feitas com cada dia, a limpar as mãos ásperas ao avental antes de me segurares com firmeza para me dares um beijo. Gostava que me ouvisses em silêncio (pouco importa se por ignorância ou por grandeza de coração) e que te bastasse alegrares-te com as minhas alegrias e chorar comigo as minhas lágrimas sem arriscares opinar tanto sobre a minha vida. Gostava que o teu amor fosse simples e incondicional como o amanhecer depois de cada noite, porque foi ele que me trouxe ao mundo e de nenhum outro se pode esperar tal coisa.
(Ontem, depois da missa, terias dito às vizinhas: "Só sei que anda pálida, cansada e me parece triste... nas conversas que tem com a vida não me meto porque só as duas é que podem entender-se. Quando vem a casa mato uma galinha e faço-lhe uma canja; quando vai embora dou-lhe a bênção e rezo por ela...". E bastava.)

sexta-feira, janeiro 20, 2006

quando não durmo

sou o que não digo
digo o que não penso
penso o que não sinto
sinto o que não quero
quero o que não faço
faço o que não sou
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Há 2 horas que dou voltas na cama.
Há 6 dias que quase não durmo.
Há quase 3 meses que isto não me acontecia.

quarta-feira, janeiro 18, 2006

no mesmo barco

Obrigada, amiga, por me segurares. Conto contigo para manter a calma e a lucidez nos próximos 2 meses porque me parece que vou perdê-las mais vezes.
Numa coisa a escolha foi acertada: independentemente da distância a que fica a meta, quem nos meteu nesta corrida sabe que nunca chegaríamos ao fim se fossemos apenas colegas. Vamos acreditar que a sua sabedoria não acaba aqui.

domingo, janeiro 15, 2006

sem rede

Para saber que não sonhei bastou-me o dia de hoje. E as palavras tantas vezes repetidas para me chamar à razão como para fugir a ela:
"só é tua a loucura onde, com lucidez, te reconheças".
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E sendo nossa (aos poucos cada vez mais nossa, cada vez mais lucidamente)... que fazemos com ela, se não deixa de ser uma loucura? Que fazemos connosco se nos negarmos sempre ao risco que ela encerra? Como podemos encontrar-nos se, por uma vez que seja, não aceitarmos perder-nos? Quem segura quem quando dizemos "não podes largar a minha mão..."?
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(que desculpa inventaremos desta vez?...)

por eso me quedo

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(dorme, vá lá... foi só mais um dos teus sonhos surreais...)
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Así ando yo
Cantando aún mis penas
Queriendo que me ames
Para mi soledad
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Y hasta que yo te quiera
Que quieres que te cante?
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Por eso me quedo
Ay ay ay hasta el final
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Y así amo yo
Con rimas tan torcidas
Buscando disonancias
Pa mi nueva canción
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Y hasta que yo te quiera
Que quieres que te cante?
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Y hasta que yo te quiera
Que vale lo que cante?
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Por eso me quedo
Ay ay ay hasta el final

sábado, janeiro 14, 2006

a verdade do dia

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"os compromissos são a cola do tempo"

sexta-feira, janeiro 13, 2006

xx

Por mais que me deixem passar por lá de vez em quando e que seja sempre bem recebida, nunca poderei fazer parte do Clube-Cor-de-Rosa. Nunca terei acesso à área reservada.
Há dias em que isso me entristece profundamente. Outros em que me congratulo por genuinamente ser assim. Outros ainda, em que tudo isto é apenas uma constatação. É nesses que a felicidade anda mais segura dos seus caminhos.

quarta-feira, janeiro 11, 2006

Então até já...

... vou só ali a casa num instante tentar dormir 5 horitas e já volto. Com sorte ainda tenho a bata quentinha quando voltar!
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EU NÃO QUERO FAZER ESTE TRABALHO!
É o único argumento que me resta, o único capaz de resistir ao teu saber e fazer frente à tua teimosia. Estive quase a usá-lo, em desespero de causa, disposta a enfrentar a tua fúria, o teu mau humor, os teus sermões, as tuas exigências redobradas, a confirmação da minha ignorância em cada gesto teu. Tive medo de não conseguir enfrentar a tua tristeza e a tua desilusão. E limitei-me a ir buscar outro café.

terça-feira, janeiro 10, 2006

Inspiras-me...

Na confusão dos sentidos (os meus e os das palavras) dou por mim a pensar que quanto mais o fazes mais me aconchegas algures no lobo superior do teu pulmão esquerdo que, não sendo o coração, está muito perto.

domingo, janeiro 01, 2006

é teu...

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