outras tantas madrugadas

quinta-feira, março 30, 2006

lembra-te disto

sempre que duvidares do que parece querer dizer-te
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"A natureza anda nisto há muito tempo."
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(hoje percebi: este homem é um druida)

sábado, março 25, 2006

pedido

Não me roubes ao menos as palavras que guardo para mim há tanto tempo. Não lhes roubes assim, como num palco, o sentido e a beleza que até as coisas tristes podem ter. Não me roubes a vontade que me resta de acreditar em ti (não tenhas pena de mim nem finjas ter, que não sei o que é pior...). Não me roubes o direito de chorar sozinha. Não me roubes a certeza de não me teres roubado nada.

sexta-feira, março 24, 2006

tempo de (c)alma e (c)oração

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Todas as coisas têm o seu tempo
e tudo o que existe debaixo dos céus tem a sua hora.
Há tempo para nascer e tempo para morrer;
tempo para plantar e tempo para arrancar o que se plantou;
tempo para matar e tempo para dar vida;
tempo para destruir e tempo para edificar;
tempo para chorar e tempo para rir;
tempo para se afligir e tempo para dançar;
tempo para espalhar pedras e tempo apara as ajuntar;
tempo para dar abraços e tempo para se afastar deles;
tempo para procurar e tempo para perder;
tempo para guardar e tempo para atirar fora;
tempo para rasgar e tempo para coser;
tempo para calar e tempo para falar;
tempo para amar e tempo para odiar;
tempo para a guerra e tempo para a paz.
Ecle. 3, 1-8
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tempo para temer os dias de mau tempo
e tempo para viver com serenidade cada um

quinta-feira, março 16, 2006

conclusões do dia

(na digestão do lanche e do jantar)
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Há coincidências tão coincidentes que desafiam a lei das probabilidades.
Os mal-entendidos são uma merda. A maior que pode existir.
Um "rabo preso", por mais que seja só a pontinha, é a única coisa que pode impedir-nos de resolver tudo com duas palavras e uma gargalhada.
A "microblogosfera" tende a ser um mundo promíscuo e, por isso mesmo, muuuuuuiiito perigoso.
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E assim se explica muita coisa...

terça-feira, março 14, 2006

ao espelho

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segunda-feira, março 13, 2006

post #100

(celebrando a transcendência das pequenas coisas)
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- o que seria de mim 100 os meus meninos -

domingo, março 12, 2006

abraço da paz

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Gostei muito do teu desenho, acredita. E do teu abraço. E de ver que ainda me chamas da mesma maneira. Desculpa se te pareceu que fiquei triste.
As pessoas crescidas às vezes baralham tudo. Choram por coisas estranhas: por serem surpreendidas, por ficarem sem palavras, por quererem sorrir. As pessoas crescidas às vezes sentem-se muito pequeninas.

à luz do dia

Hoje sonhei com a vida tal como ela é. Personagens de sempre. Reais. Histórias de agora. Reais. Acordei perdida e angustiada como quem teve um sonho mau.
Acho que já passou. Ao vivo e à luz do dia a vida real é o que é, não há enganos. E basta esta certeza para tornar tudo mais simples... até o que tentamos fingir que não nos faz confusão.
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Além disso a Primavera já chegou à minha rua...

A14

Nem o nevoeiro da noite aprendi ainda a atravessar sozinha.
Se hoje não tivesse chegado a casa nem eu teria dado conta.
Assusta-me este vazio, esta tristeza sem nome, vaga e difusa, que teima em pairar sobre mim em vez de se revelar e me derrubar de uma vez com um soco certeiro: custa-me menos levantar-me do que viver com medo de caír.

quarta-feira, março 08, 2006

hi hi hi hi hi...

. (este até já está de cachecol vermelho...)

ao fim do dia

Gosto de casas novas em prédios antigos. Gosto das portas que têm esses prédios. Portas que ao fim do dia se desligam da rua: sem campainha ou intercomunicador que possam intrometer-se no aconchego de quem lá mora; discretamente fechadas, para não deixar escapar o calor dos sorrisos e das canecas de chá e para que seja preciso descer em pijama dois lanços de escada, lembrando a quem entra que, afinal, estão sempre abertas.

segunda-feira, março 06, 2006

a caminho

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É de novo ao som da tua música
e sonhando o aconchego dos teus braços,
que decido caminhar ao teu encontro
e de novo te pergunto: Com que passos
me liberto, desafio e comprometo
p'ra poder chegar, inteira, ao pé de ti?
Com que laços me prendo ao que me ofereces
se é, afinal, bem mais do que pedi?
Com que cores devo vestir o coração
se é verdade que o que dizes é p'ra mim?
Com que olhar posso perder-me nos teus olhos
e entregar-me, sem medo, até ao fim?
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(há quanto tempo aguardas o meu sim?)
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quarta-feira, março 01, 2006

resumindo...

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somos demasiado novos
para deixar pedaços da vida pendurados em recordações
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(Estava a brincar quando te disse que iria escrever isto no blog... mas não resisti. Fica a lembrar a conversa de há pouco, a que guardámos para um dia que não sabemos quando será e as muitas do-tempo-em-que-havia-sempre-tempo e que me ajudam a perceber que "ir deixando recordações penduradas pela vida fora" é uma coisa bem diferente e mais do que desejável: longe de nos tolher o passo só o torna mais firme.)